Quatorze de novembro é o Dia Mundial do Diabetes e o
Instituto da Criança com Diabetes tem alguns dados importantes sobre a doença
no Brasil e no mundo. O diagnóstico de “epidemia” figura cada vez mais na
opinião dos especialistas da área e serve de alerta para o poder público e a
sociedade em geral.
A Federação Internacional de Diabetes (IDF) estima que
existam 366 milhões de pessoas com a doença em todo o mundo, sendo que
aproximadamente 10% são portadoras do diabetes tipo 1, sua forma mais grave,
que atinge principalmente crianças e adolescentes. No Brasil, atualmente, 12
milhões de pessoas possuem a doença.
Já no Rio Grande do Sul, calcula-se que nove mil crianças e
adolescentes sofrem de diabetes tipo 1 – duas para cada mil – e, a cada ano,
200 novos casos são diagnosticados nessa faixa etária. Em relação ao diabetes
tipo 2, são mais de 400 mil adultos, 9,7% da população acima de 25 anos no
Estado.
A obesidade crescente na criança e no adolescente vem
tornando essa forma de diabetes cada vez mais frequente nesse grupo etário.
Hoje, segundo a Pesquisa de Orçamentos Familiares 2010 do IBGE, o Rio Grande do
Sul é o estado brasileiro com maior número de crianças, adolescentes e adultos
com sobrepeso e obesidade.
Se o panorama atual assusta, o futuro é ainda mais
preocupante. A IDF estima que, em 2030, serão 552 milhões de pessoas com
diabetes e que a expectativa de mortes em decorrência da doença chegue a 3,8
milhões/ano em todo o mundo – cerca de 6% da taxa de mortalidade mundial,
correspondendo à quarta causa de óbitos no mundo.
O custo do tratamento do diabetes e de suas complicações vem
crescendo e comprometendo cada vez mais o orçamento público. Nos Estados
Unidos, um levantamento da American Diabetes Association mostra que, em 2011,
os gastos médicos na América do Norte e no Caribe chegaram a US$ 223 bilhões.
Isso significa 48% da despesa mundial com saúde, se considerados custos
indiretos (faltas ao trabalho, incapacitação, mortalidade prematura).
O Instituto da Criança com Diabetes, ligado ao Grupo
Hospitalar Conceição, que hoje assiste a 2.500 crianças e adolescentes com
diabetes tipo 1, ou seja, insulino-dependentes, já conseguiu reduzir, ao longo
dos seus oito anos de funcionamento, em 80% o índice de internações
hospitalares dos pacientes, utilizando medidas simples, mas efetivas e
continuadas, como a Educação em Diabetes e o tratamento intensivo.
Durante a Semana Azul, de 7 a 14 de novembro, em todo o
mundo, monumentos e prédios históricos serão iluminados com canhões de luzes
circulares azuis, símbolo da campanha do Dia Mundial do Diabetes. O objetivo da
data é conscientizar e alertar a população sobre a epidemia mundial da doença.
Em Porto Alegre, além do prédio do Instituto da Criança com
Diabetes, o Museu de História da Medicina do Rio Grande do Sul (Av.
Independência, 270) também está apoiando a iniciativa, com sua fachada
iluminada de azul.
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